terça-feira, 21 de julho de 2009

Bela, mimada e enfeitiçada - Capítulo 1/Parte 2

Feio, ridículo, fora de moda. Céus! Parece que sempre que eu quero uma coisa, tudo fica mais difícil. Em meus dezessete anos, achei que já conecia de cor todo o estoque de cada loja pela qual eu costumava entrar e comprar. A primavera estava terminando e o verão começando, então o Baile de Fim das Aulas, para as Férias estava chegando. E pensar que eu teria apenas mais um semestre pela frente... isso me deixava ainda mais feliz e com vontade de arrasar no baile e esfregar isso na cara da nojenta da Sabryna Bryan.

-Miley, já deu para perceber que não tem nada legal nessa loja, vamos logo - eu falei exigente como sempre, puxando a minha melhor amiga Miley Cyrus para outra loja. Não que eu ache que assim é a maneira certa de se tratar uma "bff", mas sei que ela está "sempre" comigo, por ausa da minha influencia. Não a recrimino. Se fosse ela, também ficaria comigo, ainda bem que eu sou eu.

-Voltem sempre - uma vendedora berrou de dentrou da loja. Me segurei para não responder uma coisa muito mal-educada que eu já tinha planejado na minha cabeça, mas lembrei-me do que meu pai sempre dizia "Seja sempre simpática com todos, assim é mais fácil enrolá-los", apesar de não concordar com essa frase mais ridícula, eu apenas dei um leve sorriso, falso lógicamente.

-Ai, Vanessa, por que você simplesmente não liga para a Coco Chanel e pede para ela criar-lhe um vestido? - a Miley no seu maior esforço de me ajudar, falou., isso. Ás vezes eu não sei se a Miley se faz de burra ou se ela é mesmo. Bom, isso não muda em nada.


- Eu até ligaria para ela Miley, se ela estivesse VIVA! E além do mais, você sabe que o nome dela não é Coco, é Gabrielli - eu consertei. Será que ninguem presta atenção nos fatos?


- Ah, tanto faz!


Minha amiguinha
é mesmo burrinha
Não sabe que a Chanel morreu
Deve ter sido algo que ela comeu

Bela, mimada e enfeitiçada - Capítulo 1/Parte 1

Como posso começar algo que eu não sei fazer? Por que diabos eu iria querer fazer um diário para livrar as minhas emoções? Sei muito bem reprimir minhas emoções. Talvez reprimir não seja o que a otária da doutora Richards espera que eu fasse. Então ela mandou-me comprar um caderno e começar a relatar tudo o que aconteceu a partir daquele dia muito estranho



-Vanessinha minha gata... já estava com saudades - Drew, meu namorado, falou no momento que entrou pelas portas do restaurante que tinhámos combinado de nos encontrar.
-Você está atrasado - eu bufei quando ele se sentou e tentou me beijar - Não, estou de brilho labial. - Resignado ele revirou os olhos e sentou de frente para mim.
-Sabe gata, eu queria te levar em um lugar hoje.
-Sabe, eu adoraria saber qual é esse lugar - eu respondi encarando os olhos azuis dele
- O Lakers joga hoje a tarde. E eu tenho duas entradas para o melhor lugar que você possa imaginar do Staple Center. - ele falou-me sorridente. Oh por favor! Por que eu iria querer ir em uma droga de jogo dos Lakers? Esportes me estressam, pessoas suadas também.
-Oh, um jogo dos Lakers? - eu fingi uma falsa surpresa. Vindo do Drew eu tinha que estar pronta para isso - Por que você não chama um dos seus amigos para ir? Eles vão apreciar mais ver um jogo idiota.
Antes que ele pudesse se defender eu levantei-me da mesa e encarei-o
-Além disso, hoje vou ao shopping - e sai indignada.